tag:blogger.com,1999:blog-54071531659102568572024-03-05T10:50:52.284-08:00Educação e Cidadania: Relações etnico-raciais numa perspectiva reflexivaEste espaço tem por finalidade abordar as relações etnico-racias no contexto escolar, visando destacar a contribução significativa dos negros na construção da identidade nacional.Francilene Tavares e Maria da Pena Educação para a Diversidadehttp://www.blogger.com/profile/08978486008229584509noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-5407153165910256857.post-52845963837700443752010-05-04T08:12:00.000-07:002010-05-04T09:10:09.503-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxqpHw1lwHBhAnR3qM7dbhMSkecJXm1dZL2cbuvCJENJMkcTyV5uJOb2sB4uZY3F8pKvWJCnheQJoVUmqRzbgBXZK3Br6VYQp5iO8E2lqGpJToXtfmQDxYL7Ptb4GA9jUfN-Cz_-v3GHlE/s1600/sabado_resistente_maio.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 281px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5467433124374352786" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxqpHw1lwHBhAnR3qM7dbhMSkecJXm1dZL2cbuvCJENJMkcTyV5uJOb2sB4uZY3F8pKvWJCnheQJoVUmqRzbgBXZK3Br6VYQp5iO8E2lqGpJToXtfmQDxYL7Ptb4GA9jUfN-Cz_-v3GHlE/s400/sabado_resistente_maio.jpg" /></a><br /><div></div>Francilene Tavares e Maria da Pena Educação para a Diversidadehttp://www.blogger.com/profile/08978486008229584509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5407153165910256857.post-75219604134750949692010-04-13T17:12:00.000-07:002010-04-13T17:35:33.409-07:00Solano Trindade o poeta do povo<div align="justify">Solano Trindade nasceu em Recife a 24 de julho de 1908. Segundo Carlos Drumond de Andrade foi o maior poeta negro que o Brasil já conheceu; o criador da poesia "assumidamente negra". Além disso foi ator, pintor, cineasta e um dos criadores do Teatro Experimental do Negro.<br /><br />Premiado no exterior, elogiado por celebridades como Darcy Ribeiro, Sérgio Milliet e outros o poeta recifense é muito pouco conhecido pelas novas gerações brasileiras embora tenha contribuído de forma significativa para a cultura e na arte brasileira.<br /><br />Filho de um humilde sapateiro do bairro de São José, Solano Trindade criou em 1932 no Recife a Frente Negra Pernabucana porém o movimento não vingou. Depois que deixou Recife e fixou residência no Rio de Janeiro e em São Paulo sua obra ganho fama entre a crítica nacional e repercutiu no cenário internacional (essa situação nunca o impossibilitou de realizar oficinas com operários, estudantes e desempregados). Durante esse período idealizou o 1° Congresso Afro-brasileiro e criou em 1945, com Abdias do Nascimento, o Teatro Experimental do Negro.<br /><br />Em 1944, durante a ditadura do Estado Novo, por conta do poema "Tem gente com fome" foi preso e teve o livro "Poemas de uma vida simples" apreendido.<br /><br />A partir de 1950, concretizou um dos seus grandes sonhos, fundando com o apoio do sociólogo Edison Carneiro o Teatro Popular Brasileiro (TPB).<br /><br />Em 1955, criou o Brasiliana, grupo de dança brasileira que bateu o recorde de apresentações no exterior.<br /><br />No teatro foi Solano Trindade quem primeiro encenou (1956) a peça Orfeu, de Vinicius de Moraes, depois transformada em file pelo francês Marcel Cammus.<br /><br />Em 1964, um dos seus quatro filhos, Francisco morreu assassiando num presídio carioca durante a ditadura militar.<br /><br />Em 20 de fevereiro de 1974, Solano Trindade morreu como indigente, numa clínica em Santa Teresa, no Rio de Janeiro.<br /><br />Todo trabalho de Solano Trindade, quer no teatro, dança, cinema ou literatura, tinha como características marcantes o resgate da arte popular e, sobretudo, a luta em prol da independência cultural do negro no Brasil<br /><br />Uma das poucas tentativas de trazer de volta o nome de Solano Trindade para o grande público ocorreu em 1975, quando o poema "Tem gente com fome" iria integrar o disco do extinto conjuto Secos e Molhados. Mas como explicou João Ricardo que musicou o poema, problemas com a censura impediram a gravação (a canção só foi gravada na década de 80 por Ney Matogrosso). Em 1976, a escola-de-samba Vai-Vai de São Paulo desfilou com um samba-enredo em sua homenagem. Alé disso uma pequena editora, a Canta e Prantos, reuniu e publicou a obra do poeta no volume: "Solano Trindade - o poeta do povo".<br /><br /></div><a href="http://ciasansacroma.files.wordpress.com/2008/06/foto-solano-11.gif"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 350px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" border="0" alt="" src="http://ciasansacroma.files.wordpress.com/2008/06/foto-solano-11.gif" /></a><br /><br />Referência bibliográfica:<br /><br />MUNANGA, Kabengele; GOMES, Nilma Lino. Para entender o negro no Brasil de hoje: História, realidades, problemas e caminhos. São Paulo: Global; Ação Educativa, 2006.Francilene Tavares e Maria da Pena Educação para a Diversidadehttp://www.blogger.com/profile/08978486008229584509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5407153165910256857.post-31013587638335109522010-04-13T16:31:00.000-07:002010-04-13T17:11:44.935-07:00Irmandades Negras - religiosidade afro-descendente<div align="justify">As irmandades criadas em várias partes do Brasil, sobretudo a partir do século XVII, têm origem na Europa Medieval e tinham como objetivos principais a devoção católica e a caridade, fornecendo assistência técnica aos associados. Para fazer parte dessas associações, era preciso pagar um valor de entrada e as esmolas anuais, destinadas aos gastos com as festas, missas, sepulturas e cortejos fúnebres.<br /><br />As irmandades eram divididas de acordo com a cor da pele e a condição social, existindo aquelas para brancos e, dentre estas, para os da elite. As associações mais ricas eram as do Santíssimo Sacramento e as das ordens terceiras do Carmo e de São Francisco. Como negros e pardos eram proibidos de participar das irmandades de brancos, criaram-se, então, associações específicas para esses grupos sociais. Dessa maneira, era-lhes incentivada a integração à doutrina católica, mas sem a ocupação do mesmo espaço físico dos brancos.<br /><br />Em geral, as irmandades de negros tinham devoção por santos negros como Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, Santo Elesbão, Santa Efigênia e São Benedito. Essas associações, compostas por negros, escravos e libertos, eram importantes para amenizar as agruras da escravidão e promover relações de solidariedade. Elas ofereciam assistência em casos de doença ou de dificuldades financeiras, conseguiam sepulturas, realizavam enterros dignos e ainda podiam ajudar na compra de alforria. </div><div align="justify"><br />As irmandades dos homens de cor, como eram conhecidas as destinadas aos negros, ainda organizavam-se com base na origem, dividindo -se entre as dos crioulos e as dos africanos. Já entre os africanos, existiam as separações por "nações" ou as que reservavam os cargos mais importantes as "nações" específicas. É o caso das irmandades de Nossa Senhora do Rosário que, em geral, escolhiam para os cargos de direção os africanos de "nação" angola. </div><div align="justify"><br />Na cidade de São Paulo, existiam três irmandades dos homens de cor: a de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a de Santo Elesbão e Santa Efigênia, e a de São Benedito. Uma vez por ano as irmandades realizavam uma festa em homenagem ao seu santo de devoção, compreendendo missas, sermões e procissões. Mas a festa não acabava na igreja, continuando pelas ruas da cidade com desfiles de reis e rainhas ao som de batuques.<br /></div><div align="justify">O memorialista Antonio Egídio Martins deixou esta descrição da celebração na cidade de São Paulo, no século XIX: </div><div align="justify"><br />"Por ocasião das solenidades que, antigamente, se efetuavam na igreja de Nossa Senhora do Rosário, em honra desta Santa, se realizavam também, em frente à mesma igreja, festejos populares, postando-se aí um numeroso bando de pretos africanos, que executavam, com capricho, a célebre música denominada Tambaque (espécie de Zé Pereira), cantando e dançando com as suas parceiras, que adornadas de rodilha de pano branco na cabeça, pulseira de prata, e de rosário de contas vermelhas e de ouro no pescoço, pegavam no vestido e faziam requebrados, sendo por isso vitoriados com uma salva de palmas pela numerosa assistência (...)".<br /><br /><strong>Igreja e Irmandade de Santo Elesbão e Santa Efigênia</strong><br /><br />Em 14 de novembro de 1758, foi provisionada pelo bispo D. Frei Antônio de Madre de Deus Galrão a Irmandade de Santo Elesbão e Santa Efigênia, com sede na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, na cidade de São Paulo. Somente em 1794 as imagens dos santos e a Irmandade foram transferidas para uma capela e, no início do ano seguinte, rezada a primeira missa. Mas o príncipe regente só autorizou a transferência da Irmandade em 1801, em provisão datada de 13 de fevereiro.<br /><br />No início do século XIX, a região que abrangia a capela se desenvolveu e mais residências foram edificadas, compondo o que seria em 1809 a freguesia de Santa Efigênia. Em 1817, uma nova igreja, maior, começou a ser construída, obras promovidas pelo vigário colado Antonio Joaquim da Silva. Esta igreja, com estilo colonial, foi demolida em 1905 e reerguida, em estilo gótico, em 1912, em frente à ladeira do Seminário e ao Viaduto Santa Ifigênia.<br /><br /></div><a href="http://santaifigenia.sites.uol.com.br/ISI.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" border="0" alt="" src="http://santaifigenia.sites.uol.com.br/ISI.jpg" /> <p align="justify"></a><br /><br />Localização: Rua Santa Ifigênia, 30 - Santa Ifigênia, Centro SP<br /><br /><br /><strong>Igreja Nossa Senhora do Rosário da Penha de França<br /><br /></strong><br />A igreja Nossa Senhora do Rosário da Penha de França foi erguida em 16 de junho de 1802 com o intuito de reunir africanos e seus descendentes em torno da fé católica. Esta irmandade apoiava aqueles que não possuíam recursos financeiros, conseguindo um local digno para serem enterrados,num cemitério próximo a Igreja. Também realizava festa da cultura afro-brasileira, como a congada e o maracatu. </p><p align="justify"><br />Em 1934, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário da Penha de França passou a abrigar a Associação de São Benedito, que igualmente auxiliava nos trabalhos de apoio à população carente. Por volta da década de 1970, as festividades da Igreja e São Benedito foram interrompidas, sendo retomadas apenas em 2002 para a comemoração dos 200 anos da Igreja. Essas festas, com músicas, grupos de congada, moçambique e maracatu e missas-afro, acontecem sempre no mês de junho, em homenagem ao aniversário da Igreja. </p><p align="justify"><br /></p><a href="http://www.saopaulominhacidade.com.br/imagens/bairros/penha1.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" border="0" alt="" src="http://www.saopaulominhacidade.com.br/imagens/bairros/penha1.jpg" /> <p align="center"></a><br /><br /><strong>Localização: Largo do Rosário, s/n, Penha, região leste SP.<br /><br /><br />Referência bibliográfica:<br /><br /></strong>MATTOS, Regiane Augusto, etal. <strong>Paulicéia afro: lugares,histórias e pessoas</strong>. São Paulo: Editora Parma, 2008. </p>Francilene Tavares e Maria da Pena Educação para a Diversidadehttp://www.blogger.com/profile/08978486008229584509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5407153165910256857.post-6585855141444263372010-03-31T16:28:00.000-07:002010-04-13T19:05:55.082-07:00LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.As ações afirmativas constituem-se em políticas que visam a promoção ativa da igualdade de oportunidades para todos, criando meios para que as pessoas pertencentes a grupos socialmente discriminados possam competir em mesmas condições na sociedade.<br /><div style="text-align: justify;">Elas podem ser entendidas como um conjunto de políticas,ações e orientações públicas ou privadas, de caráter compulsório, facultativo ou voluntário que têmcomo objetivo corrigir as desigualdades historicamente impostas a determinados grupos sociais e/ou etnico-raciais com um histórico comprovado de discriminação e exclusão. Elas possuem um caráter emergencial e transitório. Sua continuidade dependerá sempre de avaliação constante e da comprovada mudança do quadro de discriminação que as originou.<br />Essas açoes ações podem ser estabelecidas na Educação,na saúde, no mercado de trabalho, nos cargos políticos, entre outros, enfim, nos setores onde a discriminação a ser superada se faz mais evidente e onde é constatado um quadro de desigualdade e de exclusão. A sua implementação carrega uma intenção explícita de mudança nas relações sociais, nos lugares ocupados pelos sujeitos que vivem processos de discriminação no interior da sociedade, na educação e na formação de quadros intelectuais e políticos. As ações afirmativas implicam, também, uma mudança de postura, de concepção e de estratégia.<br />A lei n° 10.639 é um exemplo de açao afirmativa.<br /><br />LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.<br /><br />Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.<br /><br />O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:<br />Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:<br />"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.<br />§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.<br />§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.<br />§ 3o (VETADO)"<br />"Art. 79-A. (VETADO)"<br />"Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’."<br />Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.<br />Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182o da Independência e 115o da República.<br />LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA<br />Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque</div>Francilene Tavares e Maria da Pena Educação para a Diversidadehttp://www.blogger.com/profile/08978486008229584509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5407153165910256857.post-6168296723847685672010-03-31T15:14:00.000-07:002010-04-18T12:57:55.103-07:00Curta: O Xadrez das Cores<div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(51, 51, 255);font-size:100%;" ><span style="font-family:georgia;"><span style="font-size:130%;"><span style="color: rgb(255, 153, 0);">Olá queridos seguidores, indicamos para vocês este curta que, certamente, irá lhes proporcionar uma reflexão profundo a respeito dos valores sociais, morais e étnicos-raciais que fazem parte da nossa cultura, mas que não definem aonde chegaremos, se nos for dada a oportunidade devida, independente da nossa "cor".</span></span><br /><br /><span style="font-size:130%;"><span style="color: rgb(255, 153, 0);">São 22 minutos de duração, mas que vale cada segundo. Nossa sugestão é que vocês assistam até o final e postem as suas opiniões. Bom divertimento!!!</span></span></span></span><span style="font-size:130%;"><br /></span></div><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:georgia;"><br /><br />O Xadrez das Cores</span></span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:georgia;">Cida, uma mulher negra de quarenta anos, vai trabalhar para Maria, uma velha de oitenta anos, viúva e sem filhos, que é extremamente racista. A relação entre as duas mulheres começa tumultuada, com Maria tripudiando em cima de Cida por ela ser negra. Cida atura a tudo em silêncio, por precisar do dinheiro, até que decide se vingar através de um jogo de xadrez.</span></span> </div><br /><object width="290" height="295"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/KGyNtbqaQRg&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/KGyNtbqaQRg&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="400" height="295"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/hgwXYdfkTbE&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/hgwXYdfkTbE&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="400" height="295"></embed></object><br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/NiF2KV395lo&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/NiF2KV395lo&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="400" height="295"></embed></object><br /><br /><br />Gênero Ficção<br /><br />Diretor Marco Schiavon<br /><br />Elenco Anselmo Vasconcellos, Mirian Pyres, Zezeh Barbosa<br /><br />Ano 2004<br /><br />Duração 22 min<br /><br />Cor Colorido<br /><br />Bitola 35mm<br /><br />País BrasilFrancilene Tavares e Maria da Pena Educação para a Diversidadehttp://www.blogger.com/profile/08978486008229584509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5407153165910256857.post-53357267962719135252010-02-16T18:15:00.000-08:002010-02-16T18:19:37.007-08:00Vozes - Mulheres (Conceição Evaristo)A voz de minha bisavó ecoou<br />criança<br />nos porões do navio.<br />Ecoou lamentos<br />De uma infância perdida.<br /><br />A voz de minha avó<br />ecoou obediência<br />aos brancos-donos de tudo.<br /><br />A voz de minha mãe<br />ecoou baixinho revolta<br />No fundo das cozinhas alheias<br />debaixo das trouxas<br />roupagens sujas dos brancos<br />pelo caminho empoeirado<br />rumo à favela.<br /><br />A minha voz ainda<br />ecoa versos perplexos<br />com rimas de sangue e fome.<br /><br />A voz de minha filha<br />recorre todas as nossas vozes<br />recolhe em si<br />as vozes mudas caladas<br />engasgadas nas gargantas.<br /><br />A voz de minha filha<br />recolhe em si<br />a fala e o ato.<br />O ontem - o hoje - o agora.<br />Na voz de minha filha<br />se fará ouvir a ressonância<br />o eco da vida-liberdade.<br /><br />In: Cadernos Negros, vol. 13, São Paulo, 1990.Francilene Tavares e Maria da Pena Educação para a Diversidadehttp://www.blogger.com/profile/08978486008229584509noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5407153165910256857.post-91373575451075513262010-02-06T05:31:00.000-08:002010-04-13T18:19:29.024-07:00Criação do blog<div align="justify">O que o Atlântico uniu, ninguém irá separar</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Esse blog foi criado em 6 de fevereiro de 2010 e tem como objetivo promover a reflexão a cerca das relações etnico-raciais a fim de superar visões pautadas no senso comum construidas historicamente. </div><div align="justify"><br />As palavras de Costa e Silva (1994) reafirmam nosso posicionamento com relação a importância da África e dos africanos para a constituição de uma identidade nacional, quando diz que: "O Brasil é um país extremamente africanizado. E só quem não conhece a África pode escapar quanto há de africano nos gestos, nas maneiras de ser e de viver e no sentimento estético do brasileiro. Por sua vez, em toda a outra costa atlântica podem-se facilmente reconhecer os brasileirismos. Há comidas brasileiras na África, como há comidas africanas no Brasil. Danças, tradições, técnicas de trabalho, instrumentos de música, palavras e comportamentos sociais brasileiros insinuaram-se no dia-a-dia africano. É comum que lá se ignore que certo prato ou determinado costume veio do Brasil. Como entre nós, esquecemos o quanto nossa vida esta impregnada de África. Na rua. Na praça. Na casa. Na cidade. No campo. O escravo ficou dentro de todos nós, qualquer que seja a nossa origem. Afinal, sem a escravidão o Brasil não existiria como hoje é, não teria sequer ocupados os imensos espaços que os portugueses lhe desenharam. Com ou sem remorsos, a escravidão é o processo mais longo e mais importante de nossa história."<br /><br />Referência bibliográfica: </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify">SERRANO, Carlos, Waldman, Mauricio. <strong>Memória d'África: a temática africana em sala de aula.</strong> São Paulo: Cortez, 2007.</div>Francilene Tavares e Maria da Pena Educação para a Diversidadehttp://www.blogger.com/profile/08978486008229584509noreply@blogger.com0